Quando a empresa dá espaço, o intraempreendedorismo acontece. Mas, na prática, nem todo colaborador se sente estimulado a propor algo novo. Falta incentivo, falta reconhecimento e, muitas vezes, falta um ambiente onde pensar diferente seja, de fato, valorizado.
É aqui que a gamificação entra como uma alavanca inteligente para estimular a criação de ideias.
O que é gamificação no intraempreendedorismo?
É a aplicação de dinâmicas típicas dos jogos — como metas, rankings, desafios e recompensas — em contextos empresariais.
O que parece simples, muda completamente o jeito como as pessoas se envolvem com o que é proposto. A partir de estímulos leves e estratégicos, cria-se uma motivação mais espontânea, mais conectada com quem está dentro da empresa. E isso abre espaço para que o intraempreendedorismo aconteça com mais frequência e menos barreiras.
Na prática, gamificar é ativar a criatividade de um jeito estruturado. Em vez de esperar a grande ideia aparecer sozinha, você convida os times a resolverem questões reais — e valoriza cada contribuição ao longo do caminho.
Dados da Gallup mostram que colaboradores que enxergam propósito no que fazem têm até 20% mais desempenho. E quando esse propósito é estimulado com leveza e reconhecimento, o engajamento acontece.
Como aplicar gamificação para incentivar ideias dentro da empresa?
A primeira coisa é ter clareza sobre o que você quer movimentar. Gamificação não substitui estratégia; ela potencializa o que já está bem direcionado. Por isso, as melhores experiências surgem quando a empresa conecta os jogos a problemas reais e reconhece quem participa, mesmo quando a ideia ainda está em fase inicial.
Você pode começar propondo desafios internos a partir de situações concretas. Algo como: “Como podemos melhorar o onboarding de novos colaboradores?” ou “Como reduzir etapas manuais em processos do time X?”. Quando a pergunta é clara e conectada ao dia a dia, as respostas vêm com mais propriedade.
Outro ponto importante é o reconhecimento. Não precisa ser prêmio físico: vale destacar quem participa com frequência, criar rankings internos simbólicos ou dar badges (selos) de participação. Isso reforça a cultura de contribuição sem depender de grandes investimentos.
O próprio momento de feedback pode seguir uma lógica mais interativa. Em vez de devolutivas burocráticas, que tal um painel visual com comentários anônimos ou devolutivas gamificadas que ajudem os participantes a iterarem suas ideias?
E claro: hackathons continuam sendo uma das formas mais potentes de aplicar a lógica dos jogos. Com times multidisciplinares, tempo limitado e um problema bem definido, os projetos surgem de forma colaborativa e com energia real de entrega.
Quais resultados esse tipo de estratégia pode gerar?
A principal mudança está no comportamento dos colaboradores. Quando o intraempreendedorismo é incentivado com estrutura e leveza, o medo de errar diminui. As pessoas se sentem mais livres para propor, os times começam a colaborar com mais frequência e as ideias deixam de ficar apenas no campo das intenções.
A gamificação ajuda a dar ritmo, cria uma trilha de progressão e reforça a ideia de que cada contribuição conta. Quando bem aplicada, ela movimenta a cultura interna, engaja equipes e ativa a escuta sobre o que precisa ser melhorado.
É por isso que empresas que apostam nessa lógica conseguem gerar valor com mais consistência. Elas aceleram processos internos, identificam talentos e colocam em prática projetos que, muitas vezes, nascem longe das salas da liderança — mas que fazem todo sentido para o negócio.
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